11 de abril de 2013

Eu sei que passo a vida a indignar-me...

... com a nossa sociedade, eu sei. Tenho a noção que falo nestas coisas mais do que a maioria das pessoas que eu conheço.

Também sei que há pessoas e exemplos fenomenais neste nosso planeta, pessoas que mudam o pequeno mundo em seu redor para melhor.

E talvez as pessoas gananciosas, que dominam a nossa sociedade, até sejam uma minoria, uma minoria com todo o poder mas uma minoria, mas porque é que o resto não se indigna então?

Como é possível que não haja uma onda imparável nos E.U.A. que exija uma limitação, muito forte, ao livre comércio de armas? Como é possível que até a tentativa do Obama, de que os antecedentes criminais do possível comprador sejam analisados, tenha contestação (algo óbvio, supunha eu)? Como é possível quando as desgraças se sucedem? Como é possível que aqueles que enriquecem através do comércio das armas sejam mais fortes que o resto da população?

Acho que é possível porque a maior parte da população americana gosta da sensação de ter uma arma (complexo cowboy misturado com paranóia galopante) e do poder que isso lhe confere, independentemente de ser mais possível serem vitimas de uma arma do que se conseguirem defender com ela.

No fundo acho que as pessoas só não se indignam em massa quando uma parte delas sente incerteza em relação ao assunto e acho que todo o mal que os gananciosos fazem só prevalece porque a maioria permanece indecisa - claro que isto só se aplica às sociedades democráticas, em que as pessoas não temem represálias se expressarem a sua opinião.

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