Tenho vivido tempos profissionais em que poderia colocar o título «Falhar é obrigatório» ou «A máquina está viciada, perdemos sempre».
O meu trabalho funciona por picos, há dias em que o volume de trabalho se intensifica muito, e também funciona por «urgências», há tarefas que são urgentes e quando há picos essas tarefas urgentes também aumentam bastante. Imaginem uma dona de casa com todo o seu trabalho normal que tem que organizar uma festa enorme de 15 em 15 dias, sem ajuda nenhuma e que só pode começar a planear a festa no dia antes, é mais ou menos isso.
Com a redução de pessoal nos últimos tempos a coisa ficou muito complicada e quando temos esses picos de trabalho algo tem que ficar para trás (ainda não inventaram forma de uma pessoa conseguir estar em 5 sítios ao mesmo tempo).
Dentro das urgências eu tento perceber as prioridades e agir de acordo com isso, mas falha sempre algo, é impossível que não falhe, e eu tenho muitas dificuldades com isso, muitas.
Cheguei à conclusão que tenho que desenvolver a capacidade de lidar com o imperfeito, com o melhor possível, com o remediar no momento porque tem mesmo que ser e depois resolvo melhor, com as críticas de quem só vê o que não foi feito porque o que foi feito só chamaria a atenção se tivesse ficado por fazer, tenho que aprender a lidar com isto ou o stress mata-me.
E talvez seja essencial eu aprender a lidar com isto, talvez essa seja a chave para avançar.
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